Novo Código Florestal poderá inviabilizar novos hotéis no Brasil

A redação do texto aprovado pela Câmara dos Deputados está em análise no Senado e dá dupla interpretação jurídica e brechas legais, o que causa insegurança a qualquer investidor

Aprovado quase que por unanimidade pela Câmara de Deputados, no final do mês de maio o projeto de lei que modifica o atual Código Florestal brasileiro está causando muita insegurança em diversos setores como agricultura, meio ambiente e principalmente no turismo, que poderá impactar no desenvolvimento de novos empreendimentos hoteleiros e na obtenção de licença ambiental no País. De autoria do Deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB – SP), o projeto atualmente sob relatoria no Senado por Jorge Viana, ex-governador do Acre e que é da Comissão de Meio Ambiente e do ex-governador catarinense Luiz Henrique, que acumula a relatoria da matéria nas comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia no Senado. Este em seu parecer fixou pontos em que a vegetação em áreas de preservação permanente poderão ser “objeto de intervenção ou supressão”. Entre elas está a retirada de vegetação para construir estádios de futebol e “demais instalações” necessárias à realização de obras para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Este relatório também abre a possibilidade de supressão de APPs  — Áreas de Preservação Permanentes para “demais atividades”, “outras obras” e “outras ações” definidas em ato do presidente da República ou dos governadores.

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Como já existem 56 emendas apresentadas no Senado, o projeto volta para ser analisado pelos deputados na Câmara. Depois disto, o código vai à sanção da Presidente Dilma Roussef que tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou integralmente. “Do jeito que está, a redação ficou parecido com uma verdadeira colcha de retalhos. O texto deixou muitas incongruências e uma delas diz respeito à conceituação de restinga, que por si só, é um conceito geológico. Devemos lembrar o que estava em discussão era a votação de um Código Florestal e, no entanto, de maneira não justificada, se pretende proteger áreas e não a vegetação”, afirma o Diretor de meio ambiente da ADIT – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, Gustavo Carvalho.

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