Parques e atrações somam R$ 12 bilhões em investimentos
3º Panorama Setorial demonstra expansão do setor, que tem 78 novos projetos mapeados

O setor de parques e atrações turísticas segue em expansão no País, com pelo menos R$ 9,4 bilhões em investimentos em 78 novos projetos mapeados na terceira edição do Panorama Setorial: Parques, atrações turísticas e entretenimento no Brasil. O estudo, encomendado pelo Sindepat – Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas e pela Adibra – Associação Brasileira de Parques e Atrações, e conduzido pela Noctua, mostra que parques e atrações somam R$ 12 bilhões em investimentos em curso, quando considerados também os reinvestimentos programados pelos empreendimentos já instalados.
Nesta nova edição do estudo, foram mapeados 854 parques, atrações e Centros de Entretenimento Familiar (FECs), que receberam 138 milhões de visitantes em 2024, alcançando faturamento de R$ 8,4 bilhões. Os resultados mostram crescimento frente aos números de 2023, quando os parques e atrações brasileiros receberam 127 milhões de visitantes, faturando R$ 7,6 bilhões. Em média, a visitação nos parques cresceu entre 1% e 5% nacionalmente, com exceção dos parques do Rio Grande do Sul, prejudicados pela paralisação do turismo em consequência das enchentes do ano ado.
A variação considera ainda o aumento no número de estabelecimentos mapeados nesta edição do estudo, em comparação com o montante da edição anterior. “O estudo está mais completo, com 36 parques inaugurados em 2024 e o mapeamento de outros empreendimentos de pequeno porte”, diz o CEO da Noctua, Pedro Cypriano. “Isso proporciona uma visão abrangente e detalhada do setor de entretenimento”, explica.
Para o Presidente do Conselho do Sindepat, Pablo Morbis, “nosso setor segue crescendo e inovando, por isso a soma de R$ 12 bilhões em investimentos e reinvestimentos em curso”, diz. Embora alto, ele destaca a queda do montante de investimentos previstos, quando comparado aos R$ 15,5 bilhões apontados na edição de 2024 do Panorama Setorial. “Isso é um reflexo do fim do PERSE, que tirou capacidade interna das empresas de reinvestir o valor gerado pelo programa. Mas, mesmo assim, este volume de investimento é uma demonstração clara de que continuamos acreditando no País e gerando emprego e renda onde atuamos”, destaca.
A Presidente da Adibra, Vanessa Costa, destaca que “mais do que apresentar números, este estudo traduz o verdadeiro valor do nosso setor: sua capacidade de emocionar, gerar empregos, impulsionar o turismo e transformar territórios. Em 2025, alcançamos 190 mil postos de trabalho diretos, indiretos e terceirizados — 10 mil a mais que na edição anterior. Entre os 316 participantes da pesquisa deste ano, 228 também responderam nos dois últimos anos, o que nos permitiu identificar um crescimento de 2% nos empregos diretos desse grupo. Esses dados reforçam a força dos parques e atrações no Brasil — não apenas como negócios, mas como experiências que impactam vidas, constroem memórias e movimentam economias locais”, explica.

Destaques e novos projetos
A ampliação de projetos de hospitalidade junto aos parques e atrações é um dos destaques do estudo. Neste ano, esse total chegou a 25,7% dos projetos, considerando apenas parques e atrações turísticas, contra 17,5% apontados na edição anterior. “Entre parques de diversões ou aquáticos, 43% já possuem projetos turístico-imobiliários, evidenciando a relevância de um hotel no complexo para ampliar a atratividade, podendo até prolongar a estadia dos visitantes. E dos 78 novos projetos em estruturação, 47,4% estão atrelados a complexos de timeshare e/ou multipropriedade”, analisa Pedro Cypriano.
Os 78 novos projetos identificados no estudo, que somam R$ 9,4 bilhões em investimentos, estão espalhados por 44 cidades em 18 estados, e devem acrescentar 15 mil postos de trabalho quando iniciarem as operações. Dos projetos, 59% já estão em alguma etapa de construção. Entre eles, há 31 atrações turísticas; 23 parques aquáticos; e 15 parques temáticos. No Panorama 2024, os investimentos em novos projetos somavam R$ 9,5 bilhões, com 97 empreendimentos mapeados. “Esta terceira edição do estudo aponta o grau de desenvolvimento do nosso setor em franca expansão. Somos cada vez mais parques e atrações, representando mais investimentos, mais empregos, mais renda e estimulando cada vez mais viagens pelo Brasil”, completa o Presidente do Conselho do Sindepat.